Cartas de crédito com valores maiores, destinadas à aquisição de automóveis de luxo, hoje em dia representam uma boa fatia da carteira de consórcios das administradoras. Trata-se de um mercado aquecido, tanto quanto em anos anteriores. São valores que oscilam entre 100 e 218 mil reais, e que fazem parte das modalidades de crédito do mercado, indicando cerca de 15% das vendas de veículos, conforme dados do Cetip.
Com prazo, em geral, de 60 a 75 meses, trata-se de um nicho que movimenta bastante dinheiro. O público é formado por empresários de pequeno e médio porte, profissionais liberais, que já dispõem de veículos, mas que, entretanto, desejam agregar valor a sua frota particular. Acompanhe este artigo e saiba mais a respeito.
Como fazer
Para você iniciar o seu consórcio para carros de luxo, o primeiro passo é buscar uma administradora de consórcios que seja autorizada pelo Banco Central do Brasil, que indicará um grupo de consorciados.
Na sequência, você deve tomar conhecimento do valor das parcelas conforme o período definido para a duração do consórcio. O valor será dividido a partir do período acordado, acrescido de fundo de reserva e taxa administrativa.
Trata-se de um negócio bastante interessante, principalmente quando se considera alta da taxa de juros, no caso, a taxa Selic, relacionada ao financiamento de veículos. Se você comparar, perceberá que o consórcio é uma alternativa muito melhor que assumir uma dívida – pois é como se você estivesse guardando o dinheiro, e não pagando os juros de um financiamento.
No entanto, deve-se ter em mente que há um sorteio periódico, e que você pode ou não ser contemplado. Se você tem este perfil, é um ótimo investimento, basta saber se programar. No caso de você dispor de uma reserva maior, poderá investir em um lance também maior, entre 30 e 40% do valor do automóvel.
Também é bom saber
À diferença de anos anteriores, o cliente hoje pode escolher qual o valor da carta que deseja adquirir, e não optar por um modelo de veículo, ficando esta escolha apenas para o momento da contemplação.
Outra mudança relativamente recente é que os valores relacionados às cartas não são mais vinculados à tabela Fipe, mas atualizados pelo bem de referência qual é apresentado pela administradora.
Como exemplo, uma carta de R$ 130 mil, em 78 meses, terá uma parcela, aproximadamente, de R$ 1850,00 sendo a taxa de administração em torno de 10,4% referente ao prazo total, acrescida de 0,1% de fundo de reserva.
Para que o consórcio realmente configure um bom negócio, é preciso atentar para as taxas administrativas e ter em mente a possibilidade de vir a ser o último a ser sorteado. Por isso, caso você depende deste automóvel para algo urgente, o consórcio pode não ser a melhor opção.
É bom saber, também, que não existe “contemplação imediata”, pois, conforme a legislação do Banco Central, isso não é possível mesmo que o cliente antecipe todas as parcelas, ou dê um lance generoso. É necessária uma assembleia para definir, via sorteio ou lance, quem será contemplado, e as contemplações, por sua vez, relacionam-se à situação do caixa do grupo. Isso é o que define a liberação do recurso ao contemplado.
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